segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Trate os outros da maneira que você gostaria...


Como você completaria esta frase? Acredito que a maioria das pessoas completaria com:

... de ser tratado.
“Trate os outros da maneira que você gostaria de ser tratado.”
Eu mesmo já aconselhei muitas pessoas com esta singela frase. Acontece que não é o jeito que você trata alguém que vai determinar o jeito com que este alguém te tratará. E pior, se para tratar alguém bem você teve que deixar de ser espontâneo, quando perceber que a reciprocidade não ocorreu, ficará frustrado por ter aberto mão de quem você é, por ter se esforçado para tentar criar no outro uma resposta que acabou não vindo.
Assim, não mais darei este conselho a ninguém. Meu conselho agora é:
Trate os outros da maneira que você gostaria... de tratá-los.
E assuma responsabilidade por essa atitude.
Pode ser que com isso você receba menos carinho, mas certamente receberá mais VERDADE.
E o segundo conselho que quero mudar a partir de hoje é:
“Nunca peça que uma pessoa te dê aquilo que você não é capaz de dar a ela.“
E quem foi que disse que somos iguais? Quem foi que disse que temos os mesmos recursos e disponibilidades?
A gente só dá o que tem. E temos coisas diferentes. Com isso, minha nova frase será:
Nunca peça que uma pessoa te dê aquilo que ela não tem.
Melhor mesmo é não pedir nada e receber de coração as preciosidades que cada um tem para te oferecer. Melhor é ser você mesmo e deixar que os outros também sejam... eles, não você.
Roniel Lopes

domingo, 23 de outubro de 2011

Carta às mulheres

Dia desses recebi, mais uma vez, um daqueles textos que exaltam a mulher que hoje consegue ocupar todos os espaços que antes só eram ocupados por homens. Quem dissemina esses textos sempre são mulheres e isso é feito com uma alta dose de orgulho. Juro que entendo esse orgulho. Orgulho de quem conseguiu chegar lá, onde mora o reconhecimento, nesses lugares que só os homens ocupavam. Me estranha somente que vocês tenham aceitado buscar o reconhecimento desse jeito, tendo que abrir mão de sua essência.

Eu não tenho dúvida de que vocês são capazes de trabalhar como ‘pedreiro’, motorista de ônibus, policial. Acontece que sua pele não foi feita para sujar de cimento, a estrutura de seus braços não foi feita para virar volante de ônibus e seu corpo não foi feito pra andar fardado.

Nosso país é machista, nosso sistema é capitalista e nossa sociedade é ‘esteticista’. Isso faz com que o grande sonho da maioria seja “ser um homem rico e bonito”. A tragédia acontece quando esse se torna também o sonho das mulheres, sem qualquer adaptação na sentença.

Eu quero saber quem é que vai cuidar do feminino.

Eu sei que os homens estão “frouxos”, mas vocês vão fazer por nós? Não seria melhor se vocês nos ajudassem a sermos mais fortes? E se nós parássemos de competir?

Aí vocês vão dizer que é fácil para um homem propor o fim da competição, afinal, parece que nossa situação é mais confortável. Talvez seja mesmo, mas vocês têm o poder de mudar isso.

O meu profundo desejo em construir parcerias (sejam amorosas ou profissionais) verdadeiras com mulheres me fez ir em busca de fortalecer o masculino. Eu quero ocupar meu lugar e quero ajudar as pessoas a ocuparem os delas. Quero construir parcerias nas quais masculino e feminino encontrem equilíbrio e é por isso que tenho caminhado na busca de completar esse arquétipo masculino, dando assim espaço para que a mulher possa acolher seu feminino. Masculino e feminino equilibrados fazem uma dança linda.

Acontece que de tanto se machucarem vocês desaprenderam a receber.

- Posso te ajudar com as compras?
- “Não precisa”.

- Deixa que eu pago.
- “De jeito nenhum! Faço questão de dividir”.

- Te pego então às nove.
- “Não precisa. Eu vou com o meu carro e a gente se encontra lá”.

Tenho convivido com muitos homens que estão tentando ser e fazer diferente, mas não estão encontrando espaço. Posso garantir que esse grupo de ‘novos homens’ vai crescer muito nos próximos tempos. Estamos nos organizando, não para combater, mas para fazermos nossa parte. Cada vez mais existirão homens capazes de cuidar, de proteger, de dialogar, de compreender e de realizar, mas para que tudo isso apareça será fundamental que o feminino aprenda a receber.

Vocês estão buscando o poder, mas tenho certeza de que não é isso que querem. Esse é o jeito que encontraram para ter o que não estavam conseguindo ter de outra maneira. Sou capaz de apostar que o que vocês mais querem é ser amadas. Amor de verdade, com respeito, compreensão, espaço, parceria e tudo o que o amor envolve. Principalmente você que está balançando a cabeça e dizendo que isso não se aplica a você.

O mundo precisa desesperadamente do amor e da harmonia que só vocês podem oferecer, precisa que vocês reduzam a força do braço e coloquem força no abraço.

E que fique claro que não estou falando de submissão. Estou falando de uma harmonia que pode ser criada quando cada um oferece o que tem de melhor.

Roniel Lopes
representando o universo masculino

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Meninas e mulheres


Meninas fazem chantagem emocional, mulheres dizem exatamente o que estão sentindo.
Meninas disputam poder com os homens, mulheres conhecem perfeitamente seu poder e por isso abrem mão dele para receber gentilezas.
Meninas querem um pai ou um filho, mulheres querem um companheiro.
Meninas querem se acabar na balada, mulheres querem sair pra jantar (e uma baladinha de vez em quando, claro).
Meninas cozinham por obrigação, mulheres cozinham por amor.
Meninas querem alguém para dar sentido às suas vidas, mulheres querem alguém para caminhar juntos.
Meninas querem alguém que lhes dê colo, mulheres querem alguém que lhes dê a mão (e colo).
Meninas acham que seu companheiro é culpado por sua TPM, mulheres também...

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sobre fuga


A gente foge.
Todo mundo foge.
E tem horas que a gente tem que fugir mesmo, porque não estamos prontos para enfrentar determinada situação.
Não vejo problema em fugir, desde que a gente se observe e perceba que está fugindo.
Também não acho que a gente precise entender os motivos da fuga.
Só precisamos mesmo prestar atenção e ver quais situações nos provocam fuga.
E aí, conhecendo essas situações podemos ir arriscando cada vez ir um pouquinho além, pra ver como a gente se sente.
Com o tempo as coisas se ajeitam dentro da gente e paramos de fugir.
E é um orgulho imenso poder dizer "essa situação já não me assusta mais".
Tudo tem seu tempo.